Disciplinas

O curso está organizado em 14 (catorze) disciplinas, distribuídas nos três módulos abaixo, complementadas por mais 3 (três) optativas. No total, a especialização possui carga horária de 375 horas e os encontros presenciais ocorrerão duas vezes por semana. Clique nas disciplinas para visualizar suas respectivas descrições.

Módulos e Disciplinas
Eixo 1: Democracia & Estado

Democracia e pensamento brasileiro

O propósito do curso é realizar uma incursão em temas centrais da reflexão político-social brasileira de modo a oferecer um horizonte teórico a partir das discussões travadas por autores nacionais de distintas tradições de pensamento. A finalidade consiste em introduzir um panorama do pensamento político brasileiro que estimule o debate sobre o alcance e limite de distintas concepções de democracia discutidas por autores preocupados com realidade política brasileira. Conteúdo: Nos últimos anos, o estudo da teoria política tem abandonado seu pretenso universalismo para se debruçar sobre as tradições nacionais. O objetivo desta disciplina é perscrutar o pensamento político-social brasileiro de modo panorâmico, por intermédio de alguns de seus autores mais representativos, tendo por quadro intelectivo os temas sucessivos que marcaram o debate nos últimos duzentos anos de percurso nacional. Foram eles: a construção do Estado, a emancipação da sociedade, a natureza da sociedade brasileira, a questão nacional, os desafios do desenvolvimento e da democracia. A expectativa é a de que seja possível, ao fim do curso, identificar as certas tradições e as alternativas institucionais nela constantes, de modo a lançar luz sobre os impasses contemporâneos.

 

Bibliografia elementar

Jaguaribe, H. (1981) [1953]. Por uma Política Nacional de Desenvolvimento. In: Introdução Crítica à Sociologia Brasileira. Andes Ltda: RJ.

Santos, W. G. (2006). O Ex-Leviatã Brasileiro: do voto disperso ao clientelismo concentrado. Rio, Civilização Brasileira

Instituições políticas brasileiras

O objetivo do curso é analisar as regras e o funcionamento das principais instituições políticas de governo, sob o arcabouço institucional das duas últimas constituições democráticas brasileiras. Conteúdo: 1. Instituições Políticas, Democracia e mudanças em políticas públicas: o sistema político sob as Constituições de 1946 e 1988; 2. Representação proporcional e sistema partidário fragmentado; 3. Federalismo: qual a natureza do federalismo brasileiro? Qual é o impacto do federalismo na conformação da representação política? Existem desigualdades na representação entre regiões e estados? A desigualdade se traduz em desigualdades na distribuição de recursos? 4. Congresso: estrutura e organização; 5. Presidencialismo de Coalizão: como funciona o presidencialismo no Brasil? Quão diferente ele é? De que maneira ele difere do sistema puro dos Estados Unidos? Como os governos governam sob o presidencialismo brasileiro?

 

Bibliografia elementar

Figueiredo, A. & F. Limongi. (2002) “Incentivos Eleitorais, Partidos E Política Orçamentária.” Dados – Revista de Ciências Sociais 45, no. 2, p. 303–44.

Souza, C. (2007). “Instituições e Mudanças: Reformas da Constituição de 1988, Federalismo e Políticas Públicas”. In: Políticas Públicas no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.

Políticas públicas: teoria e prática

Este é um curso de introdução a Políticas Púbicas com particular destaque para o estudo e a compreensão dos processos de formulação e implementação de políticas pelo Estado. Seu objetivo é fornecer um quadro geral de conceitos e abordagens teóricas para a análise do ambiente político e institucional que moldam o processo decisório e a execução de políticas pelo Estado e seus agentes. Secundariamente, o curso busca funcionar também como um preâmbulo tanto de alguns tópicos especiais de investigação do campo de estudo como dos principais métodos e técnicas de pesquisa em Políticas Públicas. Conteúdo: Inicialmente, discutiremos as principais perspectivas analíticas acerca do Estado contemporâneo e suas políticas. Mais especificamente, debateremos os diferentes modelos explicativos da ação do Estado e seu papel na produção de políticas públicas. Na segunda parte do curso discutiremos com mais detalhes os processos de formulação e implementação de políticas públicas, incluindo os principais modelos explicativos, os processos e atores mobilizados pela literatura. Finalmente, na seção final do curso são apresentados os fundamentos e algumas ferramentas para avaliação de políticas públicas, com ênfase na coleta de dados quantitativos e análises estatísticas que permitam auxiliar o formulador / pesquisador a diagnosticar o efeito (sucesso, fracasso ou nulidade) dessas políticas sobre a população-alvo

 

Bibliografia elementar

Dahl, R. (1989) Um prefácio á teoria democrática. Zahar: Rio de Janeiro.

Lotta, G. (2012) O papel das burocracias do nível da rua na implementação de políticas públicas: entre o controle e a discricionariedade. In Implementacão de Políticas Públicas. Teoria e Prática. Editora Pucminas: BH.

Política Externa Brasileira

Apresentar aos estudantes o campo de análise da política externa brasileira, por meio de breve histórico e estudo de temas da atualidade (atores e agendas da política externa, integração regional, cooperação sul-sul, entre outros). Conteúdo: O processo decisório da Política Externa Brasileira; prerrogativas constitucionais para formulação e condução da política externa; diplomacia presidencial; agencias do poder Executivo; poder Legislativo; partidos políticos; sociedade civil (ONGs, empresariado, sindicatos, etc.); entidades sub-nacionais (cidades e estados); regime político e política externa; mecanismos de checks and balances; os ciclos das políticas públicas.

 

Bibliografia elementar

Lima, M. R. (2013) Relações interamericanas: a nova agenda sul-americana e o Brasil. Lua Nova, n.90, p.167-201.

Milani, C. & L. Pinheiro (2013). Política Externa Brasileira: Os Desafios de sua Caracterização como Política Pública. Contexto Internacional, Vol. 35, n.1, p.11-41.

Partidos e estratégias políticas em crise

Nas últimas décadas temos assistido ao colapso de sistemas partidários como o italiano e o venezuelano, o crescimento eleitoral de partidos anti-sistema como o Movimento V República na Venezuela, o MAS na Bolívia, o Podemos na Espanha, o Movimento Cinque Stelle na Italia, e o fortalecimento de partidos de extrema direita como o Front National na França, o FPÖ na Aústria, entre vários outros. Estas mudanças têm sido acompanhadas por uma crise de legitimidade dos partidos políticos aferida pela pouca confiança que a população de diferentes países declara ter nesta instituição. Uma discussão sobre partidos não pode deixar de levar em conta essas mudanças. Este curso parte desta premissa. Pretende-se analisar o fenômeno partidário, sua origem, sua função e sua organização, no Brasil assim como no exterior, tendo como pano de fundo o contexto contemporâneo em crise.

 

Bibliografia elementar

Duverger, M. (2002) Los partidos políticos. FCE: España.

Figueiredo, M. F. (2008) A decisão do voto-democracia e racionalidade. Editora UFMG.

Eixo 2: Esfera Pública & Sociedade Civil

Direito e sociedade

Capacitar os alunos para identificar os principais traços das instituições político-jurídicas na formação do Estado brasileiro. Explicitar a relação entre ideias, instituições e práticas, no fronteiriço espaço entre Direito e Política. Conteúdo: (1) História do Pensamento Constitucional Brasileiro; (1.1) Constitucionalismo, instituições e condição periférica; (1.2) Conservadorismo, liberalismo, nacionalismo; (2) História das Instituições Jurídicas Brasileiras; (2.1) metodologia da História do Direito; (2.2) Codificação no século XX; (2.3) Instituições na Era Vargas; (3) Organização Social e Política do Sistema de Justiça Brasileiro contemporâneo; (3.1) Direito e Crise Política; (3.2) Justiça e organização social; (3.3) Profissões, práticas e elites jurídicas.

 

Bibliografia elementar

Lynch, C. E. C. (2017) Elementos teóricos para uma história constitucional brasileira. Revista Sequência. Florianópolis.

Ramos, G. (1960) A problemática da realidade brasileira. In: “O problema Nacional do Brasil”. Rio de Janeiro: Saga.

Movimentos sociais, cidadania e participação

A cidadania se encontra entre os fundamentos da modernidade política, no horizonte simbólico assim como institucionalmente, implicando direitos, civis, políticos e eventualmente sociais. Os movimentos sociais são uma fonte fundamental de dinamismo das sociedades modernas, surgindo no solo da sociedade, no confronto com o Estado e mobilizando os cidadãos no sentido de produzir alteração em seu valores, ideias e formas de organizar o mundo. Enquanto que a cidadania como mera institucionalidade implica em passividade, uma vez que os direitos que a caracterizam estão estabelecidos, os movimentos sociais se fundam na ideia de cidadania ativa ou de aprofundamento da própria cidadania e ampliação dos direitos. Este curso tem como objetivo discutir a imbricação destas três dimensões levando em conta a variada bibliografia, central na Sociologia Política, que se debruçou sobre esses temas. Conteúdo: A disciplina aborda as disputas e conquistas cidadãs promovidas pelos movimentos sociais, bem como os limites a elas impostos. Serão analisadas as categorias, abordagens e teorias centrais do pensamento contemporâneo dedicados aos ciclos de protesto, aos repertórios de ação dos movimentos sociais e às suas disputas pela reconstrução democrática no Brasil e fora dele.

 

Bibliografia elementar

Bringel, B. & J.M. Domingues (2015)  Teoria social, extroversão e autonomia: impasses e horizontes da sociologia (semi)periférica contemporânea. Caderno CRH, v. 28, p. 59-76.

Boschi, R. (1987) A arte da associação: política de base e democracia no Brasil. IUPERJ.

Meios de comunicação e esfera pública

Nas sociedades complexas quase todo tipo de comunicação é mediada. Como sabemos do clima, do câmbio do dólar, do discurso da presidente, do acordo entre Irã e Comunidade Europeia? A resposta é uma só: por meio da mídia. É dos meios de comunicação que nos vêm as informações a partir das quais tomamos nossas decisões, das mais triviais às mais decisivas. A despeito dessa realidade óbvia, muitos analistas e publicistas desprezam o papel que as mídias têm na formação da opinião pública e, por conseguinte, nas dinâmicas políticas que sustentam o regime democrático. Tratam a forma e o conteúdo da comunicação como se fossem decorrências naturais dos fatos, como se o noticiado fosse realmente o ocorrido, da maneira como ocorreu. O objetivo deste curso desnaturalizar essa percepção comum dos meios de comunicação, mostrando como a construção da notícia é sempre um ato com propósito político.

 

Bibliografia elementar

Abreu, A. (2002) A Modernização da imprensa: (1970-2000). Zahar: Rio de Janeiro.

Biroli, F. (2007) Técnicas de poder, disciplinas do olhar: aspectos da construção do “jornalismo moderno” no Brasil. História, v. 26, n. 2, p. 118-43.

Raça, Gênero e Classe no Debate Público

Durante quase todo século XX, os conflitos sociais que articulavam política e cognitivamente a ação coletiva eram vistos como expressões das clivagens de classe. Contudo, mesmo que as desigualdades socioeconômicas estejam ainda longe de ser mitigadas ou superadas, o advento dos chamados “novos movimentos sociais”, a crise do modelo de Estado de Bem-Estar e do socialismo real deslocaram os conflitos de classe nos debates públicos, abrindo espaço para discursos críticos ao igualitarismo universalista e simpáticos às chamadas “políticas da identidade”. Tudo isso desestabilizou a centralidade analítica e política da ideia de classe em prol da politização crescente das diferenças, sobretudo aquelas relacionadas ao gênero e à raça. Especificamente no Brasil, a hegemonia do mito da democracia racial e o disseminado reconhecimento público das nossas profundas desigualdades socioeconômicas deslocou para um segundo plano, ao menos até os anos 1970, as denúncias que apontavam o caráter racista e sexista de nossa estrutura social. Isso começa a mudar paulatinamente durante o processo de redemocratização do país, com a rearticulação dos movimentos negro e feminista, bem como da maior porosidade do Estado e suas autarquias em relação a uma linguagem identitária. Tal processo encontra seu ápice nos anos 1990 e 2000, quando as políticas públicas incorporam raça e gênero como categorias fundamentais para sua operação e, mormente, quando tal léxico migra para os debates públicos e penetram no imaginário social mais amplo. Tal processo, contudo, não se deu sem suscitar tensões e paradoxos. A desigualdade socioeconômica abissal ainda é uma marca distintiva da estrutura social brasileira e o peso das discriminações raciais e de gênero na sua reprodução parecem bastante complexos. Isto posto, o objetivo do presente curso é analisar e discutir, mesmo que de forma breve, a emergência da chamada “política de identidade” no discurso dos movimentos sociais, nas políticas estatais, nos debates públicos e no imaginário social brasileiro e internacional.

 

Bibliografia elementar

FRASER, Nancy. Da Redistribuição ao Reconhecimento? Dilemas da Justiça na Era Pós-Socialista. In: SOUZA, Jessé (org.), Democracia Hoje: Novos Desafios para a Teoria Democrática Contemporânea. Brasília, Editora da UnB, 2003.

CAMPOS, Luiz Augusto. O pardo como dilema político. Insight Inteligência, v. 63, pp. 80-91, 2013.

HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça: Interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, vol.26, n.1, pp.61-73, 2014.

GUIMARÃES, Antonio Sérgio. Como trabalhar com “raça” em sociologia. Educação e Pesquisa, vol.29, n.1, pp.93-107, 2003.

CORREA, Sonia. Sexualidade e política da segunda década dos anos 2000: o curso longo e as armadilhas do presente. In: RODRIGUES, Carla; BORGES, Luciana; RAMOS, Tânia (org.), Problemas de Gênero, Rio de Janeiro, Funarte, 2016.

Eixo 3: Desigualdades & Trabalho

Desigualdades e estrutura social brasileira

O objetivo deste curso é apresentar algumas características básicas da estrutura social brasileira, bem como das teorias e métodos utilizados para estudar as diferentes formas de desigualdade social. O curso está dividido em quatro módulos: (a) Desigualdades: fenômeno plural e multidimensional; (b) Desigualdade de resultados: renda e pobreza; (c) Desigualdade de oportunidade: classe e mobilidade social; (d) Desigualdade, classes e voto. Conteúdo: No primeiro módulo discutiremos diferentes teorias e faces da desigualdade. No segundo, será tematizada a relação entre desenvolvimento econômico, desigualdade de renda e pobreza. Serão apresentadas as principais teorias sobre o tema, bem como as análises realizadas sobre o Brasil nas últimas três décadas. No terceiro módulo apresentaremos as principais características teóricas e metodológicas do estudo da desigualdade de oportunidades em termos de chances educacionais e de mobilidade social intergeracional. Em seguida, apresentaremos as principais pesquisas sobre estes temas realizadas no Brasil. No quarto e último módulo nos dedicaremos ao estudo da relação entre estrutura social, com suas diversas formas de desigualdade, e voto. De que forma a estratificação social se relaciona à decisão do voto? Há relação? O que nos dizem os resultados de pesquisas realizadas em diversas democracias? Qual a relação entre voto e posição de classe no Brasil? Apresentaremos possíveis respostas para tais perguntas, bem como os métodos e teorias atualmente discutidos na ciência política e na sociologia política.

 

Bibliografia elementar

Arretche, M. (2016) Trajetórias das desigualdades. Como o Brasil mudou nos últimos 50 anos. CEM; Unisep: São Paulo.

Hasenbalg, C. & Silva, N. do V. (2003). Origens e Destinos: Desigualdades Sociais ao Longo da Vida. Rio de Janeiro, Topbooks.

Economia política e Estado de bem-estar social

Este é um curso de introdução à economia política com particular destaque para o desenvolvimento do Estado de Bem-Estar Social e as políticas sociais em perspectiva comparada. O objetivo é ajudar alunas e alunos a compreender melhor não só as maneiras diferentes em que as nações têm respondido à questão social, mas também as forças econômicas e políticas que moldaram tais respostas. Para tanto, serão abordados os seguintes aspectos: (i) como forças sociais organizadas, partidos políticos, grupos econômicos, pressões internacionais e as alterações demográficas têm moldado e transformado os regimes de welfare state; (ii) as políticas sociais adotadas no contexto de um projeto nacional de desenvolvimento. A primeira parte do curso fornece uma visão geral das forças históricas e teóricas que moldam prestação social contemporânea nos países ocidentais com um foco particular em países Europeus e nos Estados Unidos. A segunda dedica-se àquelas lições e modelos para examinar o quão bem eles “viajam” fora dos países desenvolvidos, com um foco especial na América Latina e no Brasil.

 

Bibliografia elementar

Coelho, V. (2003) A reforma da previdência social na América Latina. São Paulo: FGV Editora.

Draibe, S.; Henrique, W. (1988).  Crise e gestão da crise: um balanço da literatura internacional. Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol.3, n.6.

Transformações do trabalho no mundo globalizado

A disciplina visa tecer um panorama das mudanças ocorridas no mundo do trabalho nos últimos 30 anos, tendo em vista os processos: de globalização financeira; de transferência de boa parte do emprego industrial para a Ásia; de terceirização das economias ocidentais, inclusive as emergentes; de mudança no conteúdo, duração e remuneração do trabalho; de aumento das formas de trabalho precário e informal; e de mudanças nas formas de se perceber o trabalho e seu lugar nas biografias das pessoas.

 

Bibliografia elementar

Polanyi, K. (2000) A grande transformação: as origens da nossa época. Ed. Campus: RJ.

Piketty, T. (2014) O Capital no Século XXI. Ed. Intrínseca: Rio de Janeiro.

Cidades: processos, atores e reconfigurações

A disciplina tem como objetivo traçar um panorama interdisciplinar dos estudos urbanos, introduzindo as principais correntes de pensamento sobre as cidades e o urbano nas ciências sociais. Conteúdo: Surgimento das grandes cidades modernas. A partir dos estudos de caso emblemáticos de cidades como Manchester, Paris e Chicago, a proposta é mapear o surgimento das grandes cidades como realidades empíricas e como objetos de estudo para as ciências sociais. Efeitos contemporâneos da reestruturação produtiva, dos processos de desindustrialização sobre as cidades de hoje, e da emergência dos ideiais do planejamento estratégico e do marketing urbano como dispositivos centrais para a governança urbana. Estudo das cidades brasileiras, tendo como estudos de caso privilegiados as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília para pensar os padrões de segregação e a espacialização das desigualdades sociais e urbanas no Brasil atual

 

Bibliografia elementar

Machado da Silva, L.A. (2011) [1967] A Política na favela. Dilemas. Revista de Estudos de Conflito e Controle Social. n.4, v.4.

Zaluar, A. (2004) Integração perversa: pobreza e tráfico de drogas. Rio de Janeiro: FGV.

Oficinas de pesquisa e metodologia

Nas oficinas deste curso os alunos serão introduzidos, primeiramente, aos conceitos e etapas básicas que envolvem a metodologia de pesquisa em ciências sociais: problema de pesquisa, objetivos, hipótese(s), métodos utilizados para o teste de hipótese(s) e confrontação da(s) hipótese(s) com os resultados encontrados. Em seguida os alunos serão apresentados aos diferentes tipos de abordagens metodológicas, englobando tanto aquelas de cunho qualitativo (observação participante, etnografia, história oral, entrevistas, grupos focais, historiografia, etc.), quanto as de caráter quantitativo (estudos experimentais, metodologia de survey e análises estatísticas, etc.). Conceitos importantes como os de variáveis, associação e causalidade serão tratados nessa última parte. Ao longo do curso espera-se que os alunos se familiarizem com a ideia de que cada método tem uma especificidade e que a escolha do método, ou métodos, que será utilizado se dá em função dos objetivos do projeto. Conteúdo: Conceitos e etapas da pesquisa científica. Métodos qualitativos: observação participante; etnografia; história oral, entrevistas, grupos focais; historiografia, big data. Metodologia quantitativa: estudos experimentais e metodologia de survey; análises estatísticas.

 

Bibliografia elementar

Alberti, V. (2005) Manual de História Oral. Editora FGV.

Babbie, E. (1999) Métodos de Pesquisas de Survey. Editora UFMG: BH.

Disciplinas facultativas

Tópicos especiais em Ciência Política

Disciplina dedicada ao debate de tópicos especiais em Ciência Política, cujo conteúdo será definido conforme demanda dos matriculados.

Tópicos especiais em Sociologia

Disciplina dedicada ao debate de tópicos especiais em Sociologia, cujo conteúdo será definido conforme demanda dos matriculados.

Tópicos especiais em Relações Internacionais

Disciplina dedicada ao debate de tópicos especiais em Relações Internacionais, cujo conteúdo será definido conforme demanda dos matriculados.